4 de junho de 2009

Presente, Inteiro e Consciente

“... Dentro da igreja, ajoelhe-se. No estádio de futebol, grite pelo seu time. Numa festa, comemore. Durante um beijo, apaixone-se. De frente pro mar, dispa-se. Reencontrou um amigo, escute-o.
Ou faça de outro jeito, se preferir: Dentro da igreja, escute-O. Durante um beijo, dispa-se. No estádio de futebol, apaixone-se. De frente pro mar, ajoelhe-se. Numa festa, grite pelo seu time. Reencontrou um amigo, comemore.
Esteja, entregue-se. ...” (trecho da crônica "Os Ausentes" da Martha Medeiros)

Essa crônica me fez lembrar uma reflexão que proponho nos meus treinamentos: "Atue com PIC!!!"
P resença
I ntenção
C onsciência

Nas suas relações esteja inteiro, seja claro e deixe claro a intenção daquele encontro, e tenha consciência do seu papel e das consequências a partir daquele contato.

Agora, como propõe a Martha na sua crônica, vou fazer de outro jeito:
“De frente pro mar, apaixone-se.
Dentro da igreja, comemore.
No estádio de futebol, ajoelhe-se.
Numa festa, dispa-se.
Durante um beijo, escute-o.
Reencontrou um amigo, grite, não pelo seu time, mas pelo encontro.”

12 de maio de 2009

Jogo de Cena - o filme

Na semana passada assisti, em DVD, o documentário Jogo de Cena do diretor Eduardo Coutinho.
Quando o assisti no cinema no festival do Rio em 2007, fiquei muito impressionado com as Histórias, as personagens, a coragem das pessoas (não atrizes e atrizes).

"Atendendo a um anúncio de jornal, oitenta e três mulheres contaram suas histórias de vida num estúdio. Em junho de 2006, vinte e três delas foram selecionadas e filmadas contando suas história num palco de teatro, em setembro do mesmo ano, atrizes interpretaram, a seu modo, as histórias contadas pelas personagens escolhidas."
Entender o jogo do título do filme pelo caminho do "quem está falando a verdade e quem está mentindo" me parece ser o caminho mais simplista. O documentário é muito mais do que isso, é o olhar por trás da cena, é pensar sobre o que já foi acrescentado aquela história depois de narrá-la tantas vezes, é saber como as atrizes trabalham e tanto (o uso e o valor da lágrima, o perder a personagem e o perder-se na personagem, o falso e o verdadeiro, suas inseguranças...).
Ao final do jogo, são as atrizes quem mais se mostram, pois as donas das histórias ou já superaram seus dramas ou usam o filme pra superá-los, já as atrizes expõem suas dificuldades e fragilidades presentes e constantes na realização do seu ofício.
Mais uma vez o Eduardo Coutinho, faz um documetário onde temos a sensação que estamos ali, naquele lugar, olhando nos olhos das pessoas, ouvindo suas histórias com calma e sem julgamento.
Ah! e pra quem gosta de teatro, é um programa imperdível!!!

28 de abril de 2009

Promessa cumprida, apesar do atraso

uma promessa a ser cumprida
uma amiga que vigia e cobra
letras numa sequência impossível de ser lida
um traço que pisca, pisca, pisca, pisca ...
dedos parados no ar prontos para um salto, curto
a mente desejando ordenar idéais que ora aparecem e ora são sumidas
um som que não para de soprar
um desejo de criar
um desejo de criar o interessante
com Chico também é assim
escreve-reescreve-apaga-subescreve-esquece-mexe-conclui
som de dedos estalados
os dedos deslizam do nariz até despencarem do queixo
insisto na ideias (sem acento)
desisto,
mas a promessa foi cumprida.


(esta postagem foi um exercício de criação)

16 de abril de 2009

Divã, o filme. Não perca!!!

Desta vez indico Divã, filme dirigido pelo José Alvarenga Jr, a partir da peça Divã que surgiu do livro Divã da Martha Medeiros.



Tanto na peça, quanto no filme cabe a atriz Lília Cabral dar corpo, voz e alma a Mercedes, uma mulher, em torno dos 40 anos, que resolve fazer análise; e essa atriz - sensacional - interpreta essa história com segurança, bom humor e muita verdade.

O livro, a peça e, consequentemente, o filme narra o universo das mulheres, mas nós homens que gostamos, e muito, delas, precisamos assistir.

Tem uma chamada pro filme que é: "Para mudar é preciso dar o primeiro passo" então vá ao cinema; e se você é homem leve uma mulher (pode ser a sua mulher, uma namorada, uma amiga, sua mãe, ou apenas uma companhia feminina); além de torná-la mais feliz com o convite, vocês teram muito o que conversar sobre as relações, as amizades, as expectativas, o futuro e, principalmente, sobre a felicidade. Mas, sem chatice, com muito bom humor.

Ah! E pro pessoal na faixa dos 40 anos, a trilha sonora é excelente, quase que uma sessão de análise, traz da memória períodos da nossa vida e do nosso país; sem querer estragar o final do filme, ele termina com a canção "Vou deixar a rua me levar" com a Ana Carolina, deixando no ar um clima de esperança e possibilidades.

Então, compre o ingresso, deixe o filme te levar e, divirta-se!!!

Retomando, e com um compromisso!

"Nada como uma onda,
depois de uma onda,
depois de uma onda,
depois de uma onda...
..."

Voltei!!! Agora pra valer.
Depois de uma ausência loooonga e injustificável, como quase todas as ausências.
Declaro um pacto comigo mesmo:
"Postarei aqui pelo menos uma vez por semana, mesmo que não seja algo muito marcante ou relevante, mas para criar o hábito em mim e em quem lê."

29 de julho de 2008

ERA UMA VEZ... continuação

Passado o impacto, e pensando com mais racionalidade.
Eu indico o filme "Era Uma Vez..." por 3 razões:
  • porque um filme chega e toca em cada pessoa de uma maneira e com uma intensidade diferentes;
  • porque o filme é Muito Bom!!!;
  • porque é mais um produto nacional; e eu quero que um dia o Cinema Brasileiro seja um produto forte na Indústria do Entretenimento no Brasil.
Então vá ao cinema e se emocione com "Era Uma Vez..."

25 de julho de 2008

ERA UMA VEZ...

Assisti "Era Uma Vez...", o segundo filme do Breno Silveira (diretor de 2 Filhos de Francisco), há muito tempo um filme não provoca em mim tanta reflexão, ou melhor, confusão; já durante a projeção foi um misto de raiva, tristeza, leveza, angústia, beleza e medo.
Em vários momentos o filme é tenso, mas também é sensível e delicado.
Vê-se um Rio de Janeiro bonito, incoerente, violento, atraente, repugnante, triste, colorido, impotente, imponente, forte, ensolarado, injusto, sensual, perdido e triste.
Penso que o final poderia ser outro, não no sentido “e viveram felizes pra sempre”; mas menos, menos duro, menos sufocante, menos sem saída.


Além da direção espetacular, sensível, mas seca e dura do Breno Silveira há também a bela direção de fotografia de Dudu Miranda e Paulo Souza.
Nas atuações são destaques: Thiago Martins – um Dé perfeito, na medida certa; Vitória Frate; Rocco Pitanga e Paulo Cesar Grande - duas grandes surpresas; e Cyria Coentro (a mãe do Dé, acho que nunca vi essa atriz em cena)
A trilha sonora também é outro destaque, delicada, poética, e cortante, tornando as cenas ainda mais fortes e impregnantes; e desde o início envolvendo e tomando o lado de cá da telona.


Nos créditos o Thiago Martins faz um depoimento pessoal, contando um pouquinho da sua vida de morador de uma favela, e termina dizendo que acredita que se as pessoas olhassem mais um pouco umas para as outras, a vida podia ser diferente.
É precisamos olhar mais uns para os outros, e pelos outros!!!

Quando o filme acabou, não conseguia levantar da poltrona, estava tomado por tudo que vi, chocado em ver como, às vezes, o amor é impossível de se realizar, confuso, me sentindo suspenso, parado, preso, sem saber o que pensar e o que sentir.

Não tem como não pensar nas injustiças, na loucura que vivemos, e no quanto cada um de nós contribui para que mais, e mais, se estabeleça e se mantenha uma separação, um corte; como o livro que os protagonistas lêem - “Cidade Partida” do Zuenir Ventura.

Acho que é a primeira vez que assisto a um filme e saio me perguntando: "Indico ou não esse filme???"
E até agora não sei!

10 de julho de 2008

Serendipity = Feliz Casualidade

Ontem assisti ao filme "Serendipity" (Escrito nas Estrelas, mais uma infeliz tradução), e aqui compartilho três momentos do filme:

"Os gregos não escreviam obituários; quando um homem morria, eles faziam uma única pergunta: 'Ele viveu com paixão?'"

"... a vida não é uma amontoado de coincidências. É uma coleção de acontecimentos que culmina num plano sublime e extraordinário"

"Para se estar em harmonia com o universo é preciso ter fé inabalável no que os antigos chamavam de 'fatum', e que comumente chamamos de destino"

Sinceramente não sei se indico o filme, mas, de repente, num dia chuvoso e em dúvida do que pegar na locadora, pode ser uma boa opção.

11 de junho de 2008

n Personas

Acesse o blog http://www.npersonas.blogspot.com/ da Caroline Tavares que está fazendo um ano no ar.
Lá você encontra opiniões, desabafos, sugestões e impressões de um ser humano que emocina-se com o que vê, vive, senti e percebe do que acontece ao seu redor; além de pequenos contos - muito interesantes - da Caroline.
Boa leitura!!!

30 de maio de 2008

I N D I G N A Ç Ã O

Abaixo reproduzo a carta escrita pelo ator Wagner Moura e publicada no Jornal O Globo no dia 29.05.08.

"Quando estava saindo da cerimônia de entrega do prêmio APCA, há duas semanas em São Paulo, fui abordado por um rapaz meio abobalhado. Ele disse que me amava, chegou a me dar um beijo no rosto e pediu uma entrevista para seu programa de TV no interior. Mesmo estando com o táxi de porta aberta me esperando, achei que seria rude sair andando e negar a entrevista, que de alguma forma poderia ajudar o cara, sei lá, eu sou da época da gentileza, do muito obrigado e do por favor, acredito no ser humano e ainda sou canceriano e baiano, ou seja, um babaca total. Ele me perguntou uma ou duas bobagens, e eu respondi, quando, de repente, apareceu outro apresentador do programa com a mão melecada de gel, passou na minha cabeça e ficou olhando para a câmera rindo. Foi tão surreal que no começo eu não acreditei, depois fui percebendo que estava fazendo parte de um programa de TV, desses que sacaneiam as pessoas. Na hora eu pensei, como qualquer homem que sofre uma agressão, em enfiar a porrada no garoto, mas imediatamente entendi que era isso mesmo que ele queria, e aí bateu uma profunda tristeza com a condição humana, e tudo que consegui foi suspirar algo tipo "que coisa horrível" (o horror, o horror), virar as costas e entrar no carro. Mesmo assim fui perseguido por eles. Não satisfeito, o rapaz abriu a porta do táxi depois que eu entrei, eu tentei fechar de novo, e ele colocou a perna, uma coisa horrorosa, violenta mesmo. Tive vontade de dizer: cara, cê tá louco, me respeita, eu sou um pai de família! Mas fiquei quieto, tipo assalto, em que reagir é pior.
O táxi foi embora. No caminho, eu pensava no fundo do poço em que chegamos. Meu Deus, será que alguém realmente acha que jogar meleca nos outros é engraçado? Qual será o próximo passo? Tacar cocô nas pessoas? Atingir os incautos com pedaços de pau para o deleite sorridente do telespectador? Compartilho minha indignação porque sei que ela diz respeito a muitos; pessoas públicas ou anônimas, que não compactuam com esse circo de horrores que faz, por exemplo, com que uma emissora de TV passe o dia inteiro mostrando imagens da menina Isabella. Estamos nos bestializando, nos idiotizando. O que vai na cabeça de um sujeito que tem como profissão jogar meleca nos outros? É a espetacularização da babaquice. Amigos, a mediocridade é amiga da barbárie! E a coisa tá feia.
Digo isso com a consciência de quem nunca jogou o jogo bobo da celebridade. Não sou celebridade de nada, sou ator. Entendo que apareço na TV das pessoas e gosto quando alguém vem dizer que curte meu trabalho, assim como deve gostar o jornalista, o médico ou o carpinteiro que ouve um elogio. Gosto de ser conhecido pelo que faço, mas não suporto falta de educação. O preço da fama? Não engulo essa. Tive pai e mãe. Tinham pais esses paparazzi que mataram a princesa Diana? É jornalismo isso? Aliás, dá para ter respeito por um sujeito que fica escondido atrás de uma árvore para fotografar uma criança no parquinho? Dois deles perseguiram uma amiga atriz, grávida de oito meses, por dois quarteirões. Ela passou mal, e os caras continuaram fotografando. Perseguir uma grávida? Ah, mas tá reclamando de quê? Não é famoso? Então agüenta! O que que é isso, gente? Du Moscovis e Lázaro (Ramos) também já escreveram sobre o assunto, e eu acho que tem, sim, que haver alguma reação por parte dos que não estão a fim de alimentar essa palhaçada. Existe, sim, gente inteligente que não dá a mínima para as fofocas das revistas e as baixarias dos programas de TV. Existe, sim, gente que tem outros valores, como meus amigos do MHuD (Movimento Humanos Direitos), que estão preocupados é em combater o trabalho escravo, a prostituição infantil, a violência agrária, os grandes latifúndios, o
aquecimento global e a corrupção. Fazer algo de útil com essa vida efêmera, sem nunca abrir mão do bom humor. Há, sim, gente que pensa diferente. E exigimos, no mínimo, não sermos melecados.
No dia seguinte, o rapaz do programa mandou um e-mail para o escritório que me agencia se desculpando por, segundo suas palavras, a "cagada" que havia feito. Isso naturalmente não o impediu de colocar a cagada no ar. Afinal de contas, vai dar mais audiência. E contra a audiência não há argumentos. Será?" - Wagner Moura.


E os valores humanos???
E o respeito de um ser humano por outro ser humano???


O Wagner Moura demonstra, a cada trabalho, ser um excelente profissional; e com essa atitude demonstra ser um cidadão comprometido com a melhoria do ser humano, e contribui para a reflexão do futuro do que chamamos humanidade.

10 de maio de 2008

Afinidade

Damas da Noite, essas flores vivem, apenas, uma noite. (foto captada com meu celular)

Em vários momentos da minha vida usei o texto abaixo para dizer o quanto alguém era importante na minha vida, o quanto eramos unidos, amigos, cúmplices, e o quanto as nossas afinidades reafirmavam o afeto que existia entre nós. Em todas as vezes eu mencionava o autor, Artur da Távola.
Hoje aproveito para agradecer, e me despedir desse humano que tocou tantos corações afins.

"Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades.
Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto no exato ponto em que foi interrompido.
Ter afinidade é muito raro.
Mas, quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar.
Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois que as pessoas deixaram de estar juntas." Artur da Távola

23 de abril de 2008

São Jorge, o Guerreiro

Procissão de São Jorge - Niterói, 2008 (imagem captada com meu celular)

"Eu andarei vestido e armado, com as armas de São Jorge,
para que meus inimigos tendo pés não me alcancem,
tendo mãos não me peguem,
tendo olhos não me enxerguem,
e nem pensamentos eles possam ter para me fazerem mal.
Armas de fogo o meu corpo não alcançarão,
facas e lanças se quebrarão sem ao meu corpo chegar,
cordas e correntes se arrebentarão sem o meu corpo amarrar.
Glorioso São Jorge, em nome de Deus, estenda o seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a sua força e grandeza
."

Nestes tempos de tanta violência nas relações humanas vale recorrer ao Santo Guerreiro, reconhecido mundialmente pelo seu grande poder de proteção.

11 de abril de 2008

Sempre haverá uma saída!!!

Use sua CRIATIVIDADE, e tenha um Excelente Final de Semana!!!

10 de abril de 2008

Desrespeito como o Cliente/Assinante

Sou assinante/cliente do jornal O Globo há, mais de 10 anos. E acabo de ser mal atendido e de perder totalmente a paciência na central de atendimento ao assinante d'O Globo.
Hoje (10.04.08) por volta das 12 horas. Liguei pra central e após responder todas as perguntas para a minha identificação como assinante, e informar que não recebi os meus cartões do clube do assinante (o meu e dos meus 3 dependentes) fui transferindo para a central do clube do assinante. Demorou muito, para ser atendido por outra operadora que fez uma longa pesquisa sobre o meu perfil de consumo e minha renda familiar, então fui informado que para efetuar a solicitação do envio dos cartões vencidos era necessário informar a data de nascimento e o CPF de cada um dos 3 dependentes; questionei informando que são os mesmos dependentes e ouvi como resposta que todos os dados foram destruídos porque fizeram mudanças no clube do assinante; com essa resposta aumentaram o meu questionamento e a minha insatisfação. Eu e a operadora perdemos a paciência, então desliguei.
Imediatamente liguei novamente, e por uma coincidência absurda, fui atendido pela mesma operadora do primeiro contato, que, também demonstrou impaciência, confirmou a informação recebida; ao ser questionada sobre o não envio dos cartões vencidos do clube do assinante (deveria ser automático o envio) ouvi a seguinte resposta: “É pensando no cliente que O Globo faz isso!!!”
Essa resposta só aumentou a minha irritação e impaciência, então perguntei: “Como uma empresa que apregoa a importância do cliente, e que faz denúncias de desrespeitos com clientes destrói os dados dos seus clientes???”

Ela respondeu mais uma vez: “Foi pensando no cliente que O Globo não envia mais automaticamente o cartão do clube do assinante, pois pode ser que ele queira alterar ou retirar algum dependente!!!”.
Fiquei extremamente irritado, decepcionado e assumi uma postura de sarcasmo. Então, pedi que registrasse minha reclamação e insatisfação, ela o fez e me informou que não há número de registro da reclamação e nem haverá nenhum retorno.

Como consultor em marketing de serviços e com larga experiência em centrais de atendimento, posso afirmar que, raramente, me deparei com uma resposta e um tratamento tão inadequados e absurdos, que só mostram o tamanho do despreparo, seja da operadora ou do jornal O Globo.
É ESPANTOSO como uma instituição - O Globo - lida com seus processos de (IN) satisfação dos seus clientes.

5 de abril de 2008

Inaugurando meu blog

"A vida das gentes neste mundo, Senhor Sabugosa, é isso.
Um rosário de piscadas. Cada pisco é um dia. Pisca e mama; pisca e anda; pisca e brinca; pisca e estuda; pisca e ama; pisca e cria filhos; pisca e geme seus reumatismos; por fim pisca pela última vez e morre.
_ E depois que morre? – perguntou o Visconde.
_ Depois que morre vira hipótese. É ou não é?"

Monteiro Lobato